
O ataque sem precedentes de Israel ao Irã, na madrugada de 12 de junho, é resultado direto da impunidade da qual o estado sionista vem desfrutando, mesmo perpetrando na Palestina um genocídio transmitido ao vivo nos últimos 20 meses.
Sob o pretexto cínico da "autodefesa", Israel transformou sua velha política de apagamento dos palestinos em um genocídio em grande escala. Agora, o estado sionista amplia essa agressão à toda a região, bombardeando o Irã. Para isso, alega defender-se de uma hipotética ameaça nuclear, mesmo não sendo signatária do Tratado de Não Proliferação Nuclear nem preste contas de seu próprio arsenal atômico.
O governo dos Estados Unidos e muitos da Europa continuam a armar Israel, fornecendo armas, financiamento e cobertura política enquanto Netanyahu comete atrocidades em massa em toda a região. A Casa Branca de Trump diz que Israel agiu unilateralmente contra o Irã, nega qualquer envolvimento, embora seja o principal fornecedor das armas usadas no ataque recente e reconheça ter sabido com antecedência da operação israelense. Juntamente com outros governos que armam e protegem Israel, os EUA são cúmplices das agressões de Israel e de sua expansão colonialista na região. Todos são parceiros na atrocidade.
Essa beligerância não apenas ceifou e ceifa vidas de civis, mas também ameaça a longa e corajosa luta do povo iraniano contra um regime repressivo, cujo último ponto alto foi o movimento "Mulher, Vida, Liberdade".
A história mostra claramente: não há caminho para a democracia sob a sombra da guerra. Apoiamos firmemente o povo do Irã - tanto em sua resistência contínua à ditadura dos aiatolás, quanto em seu direito de viver livre de agressões militares estrangeiras.
Denunciamos o ataque de Israel ao Irã e exigimos que a pressão internacional interrompa de imediato essa escalada bélica regional, imprudente e assassina.
Exigimos com urgência:
Israel e EUA, tirem as mãos do Irã!
Fim imediato da escalada regional!
Solidariedade com os presos políticos e defensores dos direitos humanos no Irã e vigilância contra novas repressões do regime.
Como temos feito há meses, continuamos a exigir:
Sanções a Israel já!
Fim imediato de todo comércio de armas com Israel!
Mobilização global para acabar com o genocídio na Palestina!
Birô Executivo da IV Internacional
12 de junho de 2025